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Escopo de variáveis

O escopo de uma variável é o contexto onde ela foi definida. A maior parte das variáveis do PHP tem somente escopo local. Este escopo local inclui os arquivos incluídos. Por exemplo:

<?php
$a 
1;
include 
'b.inc';
?>

Aqui a variável $a estará disponível no script incluído b.inc. Entretanto, com as funções definidas pelo usuário, um escopo local é introduzido. Quaisquer variáveis utilizadas dento da função é por default limitada dentro do escopo local da função. Por exemplo:

<?php
$a 
1/* escopo global */

function Teste()
{
    echo 
$a/* referencia uma variável do escopo local (não definida) */
}

Teste();
?>

Este script não produz nenhuma saída porque a instrução echo() refere-se a uma versão local da variável $a, e ela não tem nenhum valor assimilado nesse escopo. Essa é uma pequena diferença da linguagem C quando variáveis globais são automaticamente disponíveis para funções sem sobreescrever uma eventual definição local. Isto causa problemas quando as pessoas mudam inadivertidamente uma variável global. No PHP, as variáveis globais precisam ser declaradas globais dentro de uma função se ela vai ser utilizada naquela função.

A palavra chave global

Primeiro, um exemplo de global:

Example#1 Usando global

<?php
$a 
1;
$b 2;

function 
Soma()
{
    global 
$a$b;

    
$b $a $b;
}

Soma();
echo 
$b;
?>

O script acima imprimirá "3". Declarando $a e $b globais na função, todas as referências a essas variáveis referem-se a versão global. Não há um limite para o número de variáveis globais que podem ser manipuladas por uma função.

Uma segunda maneira de acessar variáveis do escopo global é utilizando o array especial $GLOBALS definido pelo PHP. O exemplo anterior poderia ser rescrito como:

Example#2 Usando $GLOBALS no lugar de global

<?php
$a 
1;
$b 2;

function 
Soma()
{
    
$GLOBALS['b'] = $GLOBALS['a'] + $GLOBALS['b'];
}

Soma();
echo 
$b;
?>

O array $GLOBALS é um array associativo onde o nome da variável global é a chave do array e o seu conteúdo da variável como o valor do elemento do array. Veja que $GLOBALS existe em qualquer escopo, isto porque $GLOBALS é uma superglobal. Segue um exemplo demonstrando o poder das superglobais:

Example#3 Exemplo demonstrando superglobals e escopos

<?php
function test_global()
{
    
// A maioria das variaveis pré-definidas nao sao 'super' e requerem
    // 'global' para serem disponiveis para funcoes em qualquer escopo.
    
global $HTTP_POST_VARS;

    echo 
$HTTP_POST_VARS['name'];

    
// Superglobais são disponiveis em qualquer escopo e
    // nao precisam de 'global'. Superglobais existem
    // desde o PHP 4.1.0, e HTTP_POST_VARS é agora
    // tida como obsoleta.
    
echo $_POST['name'];
}
?>

Utilizando variáveis estáticas

Outro recurso importante do escopo de variáveis é a variável estática. Uma variável estática existe somente no escopo local da função, mas ela não perde seu valor quando o nível de execução do programa deixa o escopo. Considere o seguinte exemplo:

Example#4 Exemplo demonstrando a necessidade de variáveis estáticas

<?php
function Teste ()
{
    
$a 0;
    echo 
$a;
    
$a++;
}
?>

Essa função é inútil partindo de que cada vez que ela é chamada, ela coloca em $a o valor 0 e imprime "0". A instrução $a++ , que aumenta o valor da variável não tem sentido desde que a função sai e a variável $a desaparece. Para faze-la mais útil como contadora sem deixar de perder o sua conta atual, a variável $a é declarada como estática:

Example#5 Exemplo de uso de variáveis estáticas

<?php
function Teste()
{
    static 
$a 0;
    echo 
$a;
    
$a++;
}
?>

Agora, cada vez que a função Teste() for chamada ele imprimirá o valor de $a e o incrementará.

Variáveis estáticas fornecem uma solução ideal para funções recursivas. Uma função recursiva é aquela se chama a si mesma. Cuidados especiais precisam ser tomados quando escrevendo funções recursivas porque é possível que ela continue na recursão indefinidamente. Você tem de ter certeza que há uma maneira segura de terminar a recursão. A seguinte função recursiva conta até 10, utilizando a variável estática $count para saber quando parar:

Example#6 Variáveis estáticas em funções recursivas

<?php
function Teste()
{
    static 
$count 0;

    
$count++;
    echo 
$count;
    if (
$count 10) {
        
Test ();
    }
    
$count--;
}
?>

Nota: Variáveis estáticas podem ser declaradas como nos exemplos acima. A tentativa de assimilar valores para essas variáveis com resultados de expressões causarão um erro de interpretação (parse).

Example#7 Declarando variáveis static

<?php
function foo(){
    static 
$int 0;          // correro
    
static $int 1+2;        // errado (é uma expressão)
    
static $int sqrt(121);  // wrong  (é uma expressão também)

    
$int++;
    echo 
$int;
}
?>

Referencias em variáveis globais e estáticas

A Zend Engine 1, base do PHP 4, implementa os modificadores static e global para variáveis na questão de referências. Por exemplo, uma veriável global importada dentro do escopo de uma função com a instrução global atualmente cria uma referência para a variável global. Isto pode causar comportamentos impresíveis para os seguintes casos:

<?php
function test_global_ref() {
    global 
$obj;
    
$obj = &new stdclass;
}

function 
test_global_noref() {
    global 
$obj;
    
$obj = new stdclass;
}

test_global_ref();
var_dump($obj);
test_global_noref();
var_dump($obj);
?>

Executando esse exemplo você terá as seguites saídas:

NULL
object(stdClass)(0) {
}
   

Uma situação similar se aplica ao modificador static. Referências não são armazenadas estaticamente:

<?php
function &get_instance_ref() {
    static 
$obj;

    echo 
'Objeto estatico: ';
    
var_dump($obj);
    if (!isset(
$obj)) {
        
// Assimila uma referencia a variavel estatica
        
$obj = &new stdclass;
    }
    
$obj->property++;
    return 
$obj;
}

function &
get_instance_noref() {
    static 
$obj;

    echo 
"Objeto estatico: ";
    
var_dump($obj);
    if (!isset(
$obj)) {
        
// Assimila o objeto para a veriavel estatica
        
$obj = new stdclass;
    }
    
$obj->property++;
    return 
$obj;
}

$obj1 get_instance_ref();
$still_obj1 get_instance_ref();
echo 
"\n";
$obj2 get_instance_noref();
$still_obj2 get_instance_noref();
?>

Executando esse exemplo você terá as seguites saídas:

Objeto estatico: NULL
Objeto estatico: NULL

Objeto estatico: NULL
Objeto estatico: object(stdClass)(1) {
  ["property"]=>
  int(1)
}
   

Este exemplo demonstra que quando assimilando uma referência para uma variável estática, ela não se lembra quando você chama a função &get_instance_ref() uma segunda vez.